Na novela “Triunfo do Amor”, após o fim do sequestro de Vitória e Maria, Helena se lembra de ver Alonso em uma clínica com resultados de exames. Helena volta na clínica, inventa uma mentira, consegue a cópia dos exames e descobre que Alonso está com uma doença terminal. Alonso está em seu estúdio e Helena lhe dá um envelope de presente: “Aproveite o seu casamento e aproveite cada dia como se fosse o último.” Quando ela sai, Alonso abre o envelope, lê o conteúdo e seus olhos se arregalam. À luz da verdade, ele dá um novo sentido à aparente mudança de atitude de Maria. Agora ele entende por que ela o escolheu em vez de Max e por que Max se afastou sem protestar.
Alonso ajoelha-se e apela ao céu: “O que eu fiz? O que eu fiz para você me punir assim? Foi tudo mentira! Deus não!” Logo depois, os convidados do casamento de Maria e Alonso se reúnem do lado de fora da igreja. Eles conversam em pequenos grupos. Alonso chega no local do casamento. Max observa com tristeza o sorridente noivo caminhar alegremente em direção à igreja, parando apenas para cumprimentar o Dr. Heriberto com um aperto de mão e um abraço. Alonso está pronto para se casar. Heriberto percebe que algo não está certo.
Todos os olhos se voltam para o carro preto que pára em frente à igreja. A pequena multidão aplaude a noiva. Osvaldo se oferece para levá-la até o altar e entregá-la. Rosana e Helena entram assim que Jerônimo começa a ler os votos. Primeiro ele se dirige à noiva: “Maria, você aceita Alonso como seu marido, para ser fiel a ele, para estar ao seu lado na prosperidade e na adversidade até que a morte os separe?”
Uma longa pausa. Finalmente Maria aceita. Agora é a vez de Alonso. A pergunta está lida. Há uma pausa ainda mais longa enquanto ele olha para Maria, depois para cima e depois se vira: “Não aceito.” Rosana e Helena riem. Jerônimo, incrédulo, acha que talvez Alonso não tenha ouvido a pergunta. Mas Alonso garante que ouviu muito bem: “Você me perguntou se eu queria casar com Maria Desamparada e eu respondi não.”
Então Jerônimo fica com raiva: “Como se atreve Alonso a responder com tanto cinismo! Por que concordou com essa farsa em primeiro lugar?”
Alonso levanta um envelope: “Por ignorância. Não prestei atenção a alguns testes de laboratório. E então um amigo me fez o favor de me contar o que estava acontecendo. Obrigado, amigos, por estarem aqui e por compartilharem comigo um dia inesquecível. Lamento não ter dito nada antes, mas o sacrifício de Max e Maria não teria o valor que tem agora. Este envelope contém uma verdade terrível. Por muito tempo, estive afastado de Deus. Eu me rebelei contra tudo. Mas agora me sinto em paz. Eu o aceitei. E eu fui além de todos os sentimentos de maldade, raiva e fúria, qualquer coisa que escurece e contamina a alma.”
Helena e Rosana saem correndo da igreja.
Alonso continua: “Eu sei agora que o destino de uma pessoa é guiado por projetos que muitas vezes estão além de nossa compreensão. Se não me casei com a minha ternura, não é porque não a amo. Eu te adoro. E eu sei que você me ama, embora não do jeito que eu gostaria. Você não estava sozinha em sua odisséia. Você teve seu fiel companheiro, seu Sancho Pança, e esse é Max. A pessoa que pensei ser meu inimigo. Nunca lhe dei a chance de me mostrar a bondade de seu coração. Sempre serei grato a ele. A verdadeira razão de não querer me casar com Maria Desamparada é porque não quero fazer mal a este casal. Deles é o verdadeiro triunfo do amor.”
Alonso levanta o envelope: “Diz aqui que estou morrendo. Eu entendo que vocês dois só queriam me dar mais alguns minutos de felicidade. E você conseguiu isso, ternura, e serei eternamente grato a vocês dois. Com isso eu vou ficar e … com licença, com isso eu vou te deixar.” Alonso caminha lentamente de volta ao altar, parando para trocar um abraço filial e lacrimoso com o Dr. Heriberto. Ele caminha em direção à luz e se desvanece na brancura.
Cenas previstas nos resumos dos capítulos de maio, na novela “Triunfo do Amor”.
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